sábado, 31 de março de 2012

Luz, Câmera, Adeus!

O teatro mágico, de personagens bipolares,
cenas e atos repetitivos e nostálgicos,
atores cansados de reviver as tragédias e sorrir as mágoas,
Chegadas e partidas tão metódicas que nem dão vez ao 'por vir',
Você pensa subentender, mas o labirinto te prende.
A cegueira é freguesia na casa, pra'queles que ainda se chocam com o óbvio.
Fogo no cenário e frio debaixo dele,
um 'NÃO!' ecoando nas caixas enormes do salão tão sóbrio - sombrio-
atores e platéia num mesmo ritmo, na mesma risada e na mesma sensação de prazer voraz,
Mas, as luzes se acendem e o que se vê são retratos e retratos do ato tão monótono, que a cada dia vai esmagando uma porcentagem pequena do que ainda quer sobreviver.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A voz gelada e a mão trêmula ?!

É saudade, é má vontade,
é tristeza recalcada, vontade resguardada,
noite de afago, silêncio matinal,
entreolhares, entrelinhas.
Passado, presente, cruzamento involuntário,
passos decididos, retorno incerto,
a voz trêmula e a mão gelada,
o sussurro doce, e o grito cortante,
o vazio do nosso espaço, o dia cheio de lembranças,
pensamento voando, as horas se arrastando,
um diário de desejos e uma caixa de silêncio,
um tormento, e um incenso aceso no quarto,
uma prece, que a saudade vá embora,
leve, entre outros, a dor e a memória,
vá já se embora, que aqui não lhe convém mais ficar,
Dia vago e barulhento, já não se ouve os alheio,
somente ficou a voz trêmula, na memória gravada,
a mão gelada, registrada no arrepio da noite
perdida nos dias do calendário.

quinta-feira, 1 de março de 2012

moments.

Calmamente passou o linkpaper por cima
da letra cursiva, do papel decorado.
Dobrou cuidadosamente, e com estilo,
arremessou-o na lixeira.
O pedacinho mal cortado que havia destacado
guardou no bolso, pareceu insignificante,
mas ali haviam momentos,
contados num refrão.