terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mundo Lúdico.

Um arco-íris cintilante,
um mar de águas que desaguam no abismo,

o abismo de medo, desse mundo lúdico

que eu mesmo criei pra sair dos dias de sobriedade,

pra distrair a saudade que cai sobre mim em forma de chuva fria,

refresca na mesma medida que faz mal,

Mas vamos vivendo, disfarçando a verdade,

escondendo a saudade debaixo de olhos baixos,

Vamos seguindo e com a mentira sorrindo, fingindo não estar só,

dando as mãos à solidão e idealizando ser um par,

e presos nesse mundo fantasioso, fazemos os dias durarem mais,

revertemos o desespero, façamos tudo com exagero pra nos sentirmos melhor.

Mais abraços preenchidos, e menos noites vazias,

mais sorrisos sinceros e menos covardia,

mais amor, do que dor,

a mesma dor que cega e cala, a dor que vai esmagando aos pouquinhos,

mais dias no ano, mais primavera e verão,

eu quero mais, bem mais desse mundo lúdico,

menos realidade e mais ficção,

menos teoria e mais coração,

E amanhã, quando eu for me deitar, quero estar de novo lá,

no meu mundo inventado,

que me protege de qualquer sombra,

e que me assombra por ser tão perfeito.






quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Caminho Torto!

Pelo caminho, tropicando,
devo ter esquecido-me de amarrar bem os sapatos,
ou como dizem, devo ter 'dois pés esquerdos',
o fato é que sei para onde seguir, mas não faço idéia de como começar.
Um abraço, um sorriso, um pedido,
e eu acabei cedendo, é mais forte, entende?
Também já não faço questão,
quero que acabe esse dia, que chegue o clarão,
que leve embora essa escuridão e todo esse sentimento vago,
quero também um afago, pra lembrar dos tempos velhos,
aí já não quero mais nada, já vou indo,
seguindo, nessa estrada com dois pés tortos.