terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Mundo Lúdico.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Caminho Torto!
devo ter esquecido-me de amarrar bem os sapatos,
ou como dizem, devo ter 'dois pés esquerdos',
o fato é que sei para onde seguir, mas não faço idéia de como começar.
Um abraço, um sorriso, um pedido,
e eu acabei cedendo, é mais forte, entende?
Também já não faço questão,
quero que acabe esse dia, que chegue o clarão,
que leve embora essa escuridão e todo esse sentimento vago,
quero também um afago, pra lembrar dos tempos velhos,
aí já não quero mais nada, já vou indo,
seguindo, nessa estrada com dois pés tortos.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
LadOaLadO
Um foi pra um lado e pulou no primeiro bonde que passou, olhou várias vezes para trás, mas seguiu. O outro lado também, não perdeu tempo, não deixou 'ficar pra trás', porém pulou cedo demais pra fora, ficou deslocado novamente.
'mas, o verdadeiro amor espera, uma vez mais.'
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Breve.
não houve como evitar,
as mãos estavam muito ocupadas segurando algo que mais tarde tornara mais importante.
Agora eu queria que você estivesse aqui,
As vezes somente as suas palavras acalmariam um dia conturbado,
seu timbre, sua voz.
São coisas pequenas que fazem falta,
suas roupas jogadas pela casa,
seus versos, conselhos, seu colo,
até o seu silêncio.
Tempo, seja breve.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Saudade!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Persistência.
Em cada degrau que descia, se perguntava se estava fazendo a coisa certa, se deveria mesmo dar uma chance, mas persistiu.
Não deixou nada, nem telefone, nem endereço e muito menos notícias de pra onde iria, somente levou algumas coisas, roupas, pertences, e toda a nossa história.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Someone Like You ♪
That you found a girl and you're married now
I heard that your dreams came true
Guess she gave you things I didn't give to you
Old friend, why are you so shy?
Ain't like you to hold back or hide from the light
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over
Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah
You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summer haze
Bound by the surprise of our glory days
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over
Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?
Nevermind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you two
Don't forget me, I beg
I remember you said:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead, yeah
Adele, I love you *-*
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Aos 15. [1]
Hoje senti vontade de escrever, já não me sobra tempo nem pra conversar com os meus amigos antigos.
Esse ano eu mudei de escola, e confesso que me sinto deslocada, me sinto perdida pois não conheço nenhum professor, ainda não fiz amizades e pareço uma estranha perdida na turma que parece se conhecer muito já.
Tenho 15 anos, e uma cabeça virada em um turbilhão, eu assumo que não entendo mais nada daquilo que eu tinha certeza, e assumo que tenho medo de tomar decisões que na verdade ME tomam.
As vezes eu fico deprimida, mas é comigo mesma, me tranco nos meus livros e na minha esquisitisse, faço de conta que está tudo bem, eu não sei dizer não, eu arrumo amigos em dias de prova.
Sei que estou falando por estar em um dia ruin, eu sinto falta dos meus amigos, mas eu já pude sentir que as coisas realmente mudam e isso é duro, eu sei que eu vou ter que aprender a lidar com isso, isso de as pessoas tomarem seus caminhos e acabarem te colocando na página das lembranças, no 'dias atrás' de suas vidas. Eu nem sei o que pretendo escrevendo esse monte de babaquices, pode ser que daqui a um tempo eu leia isso e pense 'como eu mudei' ou que veja que tudo está igual, ou talvez eu rasgue quando terminar de escrever, não sei.
Dizem que nós, adolescentes estamos na fase transitória, estamos desenvolvendo nossa personalidade, espero desenvolver bem, não quero ser uma adulta problemática, uma nerd transtornada ou uma zé ninguém, quero somente entender isso, isso de 'opções' e eu nao tenho nem idéia de por onde começar.
Eu não sou completamente maluca, tenho meus amigos fiéis, tenho uma auto estima boa e muita gente gosta de mim, o problema é comigo mesma, com os meninos, meninas, com essas coisas, com essas 'fases'. Eu não conheço nada sobre relacionamentos, só gostei de uma pessoa até hoje e nem coragem de contar isso eu tenho, mas ultimamente as coisas tem se complicado.
Eu só espero me entender logo. Essas mudanças me deixaram ainda mais transtornada, pois eu passo muito tempo sozinha e esse tempo me deixa livre pra pensar nesse tipo de coisa, coisas que ainda tenho vergonha de contar pra alguém :$
É, já me sinto mais leve, talvez isso caia na mão de alguém que queira me entender, mas por enquanto vou fechando o caderno, vai que cai em mãos erradas ;)
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Escrevi, pintei, guardei.
Escrevi no meu diário secreto,
falei da minha solidão, de como me sinto no deserto,
Escrevi cartas, que você nunca vai receber, mesmo sendo endereçadas a você.
Escrevi um desfecho pra esse buraco que não fecha,
pintei bordas coloridas nas sombras que me assombram
e pintei um sorriso desbotado no rosto.
Planejei a minha fuga temporária do mundo,
Pensei na minha trilha, e no adeus que não gostaria de dar.
Escrevi, mas tranquei.
Há tanta coisa entulhada aqui,
tanta coisa que já não cabe em mim.
Então, eu espremi, eu escrevi.
E não, não pretendo mais ver, tocar, sentir,
o adeus vai doer,
mas vou deixar ir.
domingo, 14 de agosto de 2011
.
e que agora você mudou de turma,
que escolheu andar por um lugar mais escuro,
então me diga que você não sacrificou o que ainda existia de mais puro?
Diga que pelo menos isso você respeitou.
Eu quis me enganar, mas agora eu enchergo,
Você mudou demais, e as nossas conversas jamais serão sensatas como eram,
Você virou um monstro, mas isso só machuca você mesmo,
a sua guitarra virou uma arma então?
E onde está seu coração?
Você faz mal a si próprio querendo bancar o sabe-tudo,
você esta acabando com o que ainda existia,
e se houver saída que seja pra bem longe de tudo que ainda está intacto,
você quebrou regras,
você fez coisas que disse que jamais faria,
e eu vi meu orgulho se transformar em ódio,
você me machucou,
mas o pior mal está por vir,
assim você só tortura a si mesmo,
você está se destruindo e isso é lastimável,
você era alguém que anteriormente eu queria ser, mas agora você se tornou exatamente o oposto.
Todos estavam as seu lado, mas você não soube ver,
escolheu o caminho mais difícil, mas você nem sente isso não é?
Estar lúcido virou algo raro na sua vida, você se acabou,
mas você não vai levar o que sobrou,
vá sozinho pra esse abismo que você escolheu,
meu orgulho virou ódio naquela noite,
você é um pedaço de mim que sangra,
você é tudo que eu preferia fingir que nunca aconteceu,
não nos olhe como se não tivessemos tentado, o esforço tinha que partir de você também, isso dói, isso de você vir dizendo palavras fortes e machucando quem nunca lhe fez nada, mas você nem ao menos está lúcido, está?
Sabe, quando você vai embora tudo volta ao normal, as coisas voltam a ser boas, então não estrague o que é forte. Se você não é capaz de sentir o amor, não destrua quem ainda o sente.
Logo você, que se dizia tão ciente disso, cadê a sua memória agora? Cadê o seu respeito? Cadê o antídoto pra tudo isso?
Sabe, quando você chega uma nuvem negra se aproxima e as piores coisas rondam a casa, a minha cabeça, e nada parece ter sentido, quando você chega meu amor próprio some, você me deixa mal, você acaba comigo, você fala palavras que saem sem sentir, mas machucam como nunca, então você diz fazer mal, diz que vai voltar, mas o pior ainda está por vir.
Você é uma parte da minha memória que rasga o meu coração quando eu lembro, você era meu ídolo cara, mas hoje você me faz chorar.
O pior de tudo é ver que foi ilusão, mentira. Ver que minha base forte se corrompeu, e isso é o tipo de marca que a gente NUNCA esquece.
Eu só rezo pra que tudo se conserte de vez, do melhor jeito possível, eu rezo pra que nenhuma tragédia aconteça e pra que você amadureça, que não esqueça de onde veio e de tudo que disse. Que você acredite que é possível mudar, que você aceite a ajuda de quem vier, e que você possa viver de verdade. Que você largue toda essa porcaria e vire gente, gente integra como você era, que você possa ser ao menos metade do que pensei, que você se 'regenere' e que você seja amigo de você mesmo, se ajude a sair dessa.
Que você faça isso parar e não machuque mais ninguém.
(w)
Confessions of a Broken Heart
Eu espero que o bom Senhor me faça sentir melhor
E eu carrego o peso do mundo nos meus ombros
Por que você teve que ir?
Por que você mudou?
Eu estou machucada, mas estou esperando
Eu estou chorando, uma parte de mim está morrendo e
Estas são, estas são
As confissões de um coração partido
Eu visto todas as suas roupas velhas e o seu suéter pólo
Eu sonho com outro você, um que jamais
Jamais me deixaria sozinha para juntar os pedaços
Por que você teve que ir?
E eu espero o carteiro me trazer cartas.
(Confessions of a Broken Heart)
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Revolta ?!
Ou será que já não há nada que me traga alegria?
Quero mais é ficar sozinha, então bata a porta e apague a luz,
me deixe aqui, carregando a minha própria cruz.
E nem mencione em voltar, porque eu já me decidi,
eu faço as minhas próprias regras, cansei de jogar o seu jogo,
então anda logo e leva embora tudo que você deixou por algum motivo aqui comigo.
Quanto a vocês, que estão parados olhando, não precisa esforços,
não os façam agora, pois já está bem tarde.
Então é isso, amanhã posso ser o mel, mas hoje sou zangão,
não me questione só tente sentir como sente o meu coração,
aí então achará explicação,
cansaço, falhas, incertezas, corrosão.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
.
ligando pontos-chave, pensando em você
imaginando o desfecho,
crendo no que não há
entendo as explicações que ninguém quis me dar.
terça-feira, 19 de julho de 2011
eXtremos!
a hora da tristeza,
a madrugada quente,
a tarde fria, gelada
A voz tremula,
a garganta 'enozada'
palavras não ditas,
na cabeça pensadas,
e a cabeça pesada,
que se deita sobre o travesseiro,
mais um dia passageiro,
que passou meio sem jeito,
sozinha em seu leito, deixou o ontem voltar
mas na verdade ele nem voltou,
o que voltou foi o pensamento,
mas amanhã o sol vem lento
e leva-o pra trazer de novo em momento certo,
mas se não houver momento certo,
coração aberto, vai entender,
e se de novo não entender,
dessa vez não irá esmudecer
E assim vai crer,
que tudo não passou de sonho,
um sonho intenso,
que se teve o prazer de sonhar.
[Mas nada vai conseguir mudar o que ficou...]
domingo, 17 de julho de 2011
Yesterday ?!
Um pensamento vago,
saudade de outrora,
Um dia silencioso,
Chuva lá fora,
chove aqui dentro também,
recordações que sempre vem,
Um dia cheio de vazio,
e o tédio virou quase que um remédio,
remédio pra aliviar em palavras a saudade que me acomete
quando esse mal tempo acontece.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O dia chega...
Queria ela perder a memória a arrancar o passado dos seus dias novos. Tão novos que percorria o mesmo trajeto, usava o mesmo suéter, o mesmo par de tênis all star, o mesmo olhar de sempre escondido por trás de uma lente embaçada, a mesma lente embaçada, mas queria crer que havia mudado e ninguém seria tolo de dizer-lhe o contrário.
Seguia seu emocionante caminho monótono, numa cidadezinha mais monótona ainda. Mas certo dia acordou num lugar diferente, cercada de gente por todos os lados, uma bagunça, verdadeira confulsão, organizada de certo modo.
O seu sorriso abriu, o óculos caiu e a bochecha corou, olhou em frente outros olhos tímidos que no princípio desviavam os seus, bochechas vermelhas pra combinar um pouco com as dela talvez, seguiram o caminho procurando dar fim a timidez.
A tela grande, o lugar todo escuro, o cenário perfeito com uma platéia mínima e um filme bastante complexo ou talvez não fazia nexo querer mesmo ver o filme. Esperou uma aproximação, foi o que teve então, uma chegada tímida, e os lábios se tocaram, os dedos encaixaram e certamente os corações dispararam. (ou assim já estavam)
O quarto na penumbra, os tênis jogados de qualquer forma no canto, e o dia veio tão rápido que não deu nem tempo de dormir. Estavam assim, se completando, conhecendo o que já conheciam há tempos, mas enfim levando isso a um rumo que nunca havia existido anteriormente.
Escrevia poemas e tinha um blog, tinha porquinhos da índia como bichinhos de estimação e morava sozinha. Uma negação na cozinha, e cozinhava com todo carinho. Trabalhava o dia todo e descansava a noite, estudava o dia todo e estudava um pouco mais a noite. Mora aqui, mora láá. Mpb e Rock'n Roll, Rock'n Roll e mais Rock'n Roll, é, vem dando certo desde então, a menina que queria mudar o mundo, deixou seu mundo ser mudado por alguém.
'tudo que eu sempre quis tava ali, você chegou'
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Aconchego
again.
Organizei as coisas ao meu redor, e reorganizei minhas formas de pensar, de agir, sentir.
Juntei tudo numa caixa, razoavelmente pequena, enfim, mas coloquei ali dentro tudo que restou em mim. Sabe não me restou, rancor e nenhum sentimento ruim, que machucasse, além é claro da saudade, mas no fim ela nem é a vilã, porque somos capazes de sentir saudade somente do que realmente marcou, e tudo isso que se repetidamente cansa.
Engraçado é ver o clarear das coisas quando a nuvem negra passa, quando o 'tornado' leva as idéias ruins. Engraçado mesmo é ver que você parou aqui, de novo. *-*
Vira e mexe, a gente se junta, se monta, volta, muda velhos hábitos, adota novos, conhece pessoas novas, volta às velhas e boas, e sobre o amor, tenho a dizer-lhe que é uma caixa de surpresas a cada dia.
E que bom te ter aqui, seja bem vinda, de novo!
domingo, 8 de maio de 2011
Mónologo da amnésia
Lembro sim que bati a cabeça naquela noite enquanto voltava de um bar.
Lembro que a noite caia triste e o sol já mostrava os primeiros raios.
Sei também que carregava uma espécie de caixa, essa ao lado da minha cama.
Lembro vagamente de ter visto um olhar e um sorriso sincero, sincero, sincero.
Aos poucos me lembro, mas por enquanto, me deixe dormir, me deixe interpretar e assim fingir que bati a cabeça com tanta intensidade capaz de apagar as lembranças. (Seguras lembranças). Me deixe, deixe...
Deixe fazer meu monólogo, meu teatro, me deixe calar quando eu sentir necessidade, mas por favor deixe eu me expressar, porque sou gente, e necessito.
Lembro que carreguei essa caixa pesada por cada canto e lembro de alguém ter me dito certa vez que me achava muito 'forte', apesar do meu porte. Lembro que me disseram pra acreditar, pra esperar, mas chega de perguntas, não lembro de mais nada, por favor se retire e apague essa luz, eu lembro que a intensidade dela ofusca meus olhos, e minha visão já está meio atrapalhada.
Anda logo, tá olhando o quê?
Gente.
procurando um complemento pros seus dias, buscando o desconhecido, só por acreditar que não se pode completar-se sozinho.
Tanta coleção de histórias, dores, cicatrizes compartilhadas noite a fora.
Gente louca, gente escrota, gente que nem se lembra de ser gente.
Gente que não pensa, gente que só age, gente que só sente, gente como a gente.
Gente que chora, gente que faz a gente chorar, gente que mente, gente que não gosta de gente, gente que se sente.
Cada quebra-cabeça uma peça, cada xarada uma resposta.
Gente sincera, gente 'composta', composta por várias gente's que se revelam dias após dia.
Cada peça um encaixe, cada xarada uma resposta, cada gente caminhando no caminho que acredita, e gente que não caminha, gente que descrê, gente que crê demais, gente que não existe ou prefere fingir que o mundo é que não existe.
terça-feira, 5 de abril de 2011
De mim, de vocês!
domingo, 3 de abril de 2011
Só Sorria!
E se você puder me olhar, se você quiser me achar...
segunda-feira, 28 de março de 2011
Desabafo!
'Talvez a gente se encontre, talvez a gente encontre explicação'
domingo, 13 de março de 2011
Vazio!
Sem pensar em nada, fui extintivamente até a janela, velho hábito que tenho desde sempre.
Observei o céu ainda escuro, nas poças de chuva na rua a lua ainda refletia.
A cama bagunçada atrás de mim poderia definir o que se passava no meu interior, bagunça. Poderia chamar transtorno pra alguns, carência pra outros, mas pra mim se definia em uma só palavra: vazio.
O vazio em questão pode encaminhar-se a mil significados, o vazio é cheio por outro ângulo. Mas ali naquele quarto cor de penumbra o vazio cabia em qualquer canto, qualquer pedaço. Cabia desde em cima da cama como nos retratos pendurados na parede, desde o sofá cheio de roupas até o meu olhar perdido, tentando encontrar teus passos pela rua molhada.
Vazio era meu pensamento sem você por perto e mais vazio ainda eram as explicações, vazia e inexistentes. A única parte não vazia era aquilo que eu ainda carregava e mantinha vivo dentro de mim, como se cuidasse de uma vida frágil, porém de fragilidade não havia nada, era bem mais forte que quem o cuidava.
Se foi assim, silenciosamente, sem me dar explicações, me abandonou como se abandona uma criança na estação de trem, sem rumo, sem acreditar, acordei sozinha mais uma vez.
E o vazio? Bom espero que carregue um pouco dele na sua mala, porque de vazio eu já estou farta.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Estava te esperando!
Era uma manhã qualquer e ela tomava seu café, apenas isso, nada mais.
Lia o jornal, folheava as páginas como quem busca por algo importante, que nesse caso nem havia.
O dia estava chuvoso, motivo que talvez explicasse seu recolhimento, estava ausente de si mesma, figurando sua existência, se camuflando naquele refeitório gigante, realmente igual a uma criança, se escondendo por trás de um jornal velho.
Nos dedos com as pontas geladas, devido o frio cortante que vinha da porta principal, corriam as páginas e eram ligeiramente molhados nos lábios quentes de cor pálida.
Na cabeça mil pensamentos, no peito um coração que nem batia mais. Fria, era uma boa definição para aquela manhã de Setembro, definição que caia bem pra moça distante.
Na mesa ao lado havia um rapaz loiro de pele alva, olhos claros, que filtava-a sem rodeios e descrição, parecia interessado mesmo em saber o que se passava, ou interessado naquela moça tão sem graça de olhar morto. Aproximou-se, foi tomando espaço, pediu educadamente para se sentar ao lado dela, sentou-se.
Na verdade, aquele era o dia errado pra qualquer aproximação, até porque ela já esperava alguém que não sabia se viria, mas como o rapaz foi tão gentil e educado, deixou que se sentasse ali, desde que abraçasse junto a ela um silêncio cortante.
Derrepente ouviu-se passos firmes vindos da porta central, cabelos longos caídos pelo ombro e então veio bruscamente em sua direção, devorando-a com o olhar negro. Puxou a cadeira que estava de frente com a dela com força suprema e desabou em choro profundo.
Entendeu tudo errado, ou nem se fez entender. Há dias estavam indo de mal a pior, aos trancos e barrancos como diriam os antigos. Viu ali mais um motivo para se lamentar, para se doer de uma dor inexistente.
O rapaz em tom não tão gentil e um tanto quanto grotesco se afastou sorrindo ironicamente. Na mesa um ato quase único: alguém que chorava as dores de um amor que ainda era seu.
A moça pálida sorriu e disse 'que bom que você veio'. Assim então ficou subentendido que chorava em vão.
Então, quando os tempos difíceis encontrarem você
E os seus medos estiverem te cercando, enrole o meu amor em torno de você
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Inquieta!
'Mas guardei tuas cartas com letra de fôrma...' ♪
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Dó, Ré.
Sentou-se em frente ao piano e arriscou uma canção. Saiu torta, meio desajeitada de início, mas ao seus ouvidos estava agradável e para o seu sorriso bobo que se abriu mais ainda, estava perfeito.
Deixou os dedos correrem por entre as teclas, poderia dizer que estava compondo algo, se ao menos aquelas notas formassem um acorde ou tivessem uma harmonia realmente mais harmonioza.
Tocou, e enquanto tocava de olhos fechados foi deixando que algumas lágrimas molhassem os sustenidos e o dó maior, enquanto percorria de ré ao sol.
A música era embalada pelos frashes que vinham vindo, ou por anseios sobre coisas que ainda não haviam acontecido, pela imaginação fértil, pelos sonhos, pela grandeza de cada nota ou somente pra aliviar com música o que palavra nenhuma daria jeito. Foi se enchendo de mi e lá, lágrimas e por fim um suspiro, pronto, estava aliviada!
Levantou-se e deu uma olhadela para o piano que agora estava sendo coberto pela capa preta. Talvez amanhã ele seria tocado de novo, mas por hoje estava satisfeita.
Saiu pela porta, e se sumiu na imensidão dos raios de sol lá fora...
'pois que seja fraqueza então' (♪)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Eu Volto!
Estava lá eu, novamente sentada no chão frio do quarto, rodeada por mil cartas, cifras, fotografias e papéis de balas e bombons, mais uma vez cercada de passado.Eu não pensei bem no que estava fazendo, somente acordei decidida a sair dalí. Já me sentia figurante da minha própria história, uma mancha negra num bloco de carnaval. Sai sem pensar.
Eu sei, foram poucos minutos até eu me arrepender, aliás, já quando abri a porta silenciosa os primeiros vestígios de culpa e arrependimento me assombravam, como se dissessem 'não vá, vais se arrepender...', por horas gritavam, mas depois sumiram, deixando-me apenas com o silêncio da dúvida.
Já muito distante, sentí que o celular no meu bolso tocava, novamente a nossa canção, eu sabia que já havia notado minha ausência, é isso que as pessoas sentem quando perdem não é? Foi assim que me senti, apesar de eu ter feito a escolha.
Só tinha olhos pra mim, antes, pois agora tinha para outras, assim como os beijos que eram só meus, tinham outras bocas. Me senti deslocada.
Antes de sair, verifiquei se as janelas estavam bem fechadas, o tempo feio lá fora anunciava um tormenta em breve, dei comida para o cachorro, tomei um banho rápido, peguei alguns papéis, documentos, somente o que eu poderia carregar comigo. Me aproximei da porta e ví no painel uma foto nossa que me rasgou por dentro instantaneamente.Voltei. Com toda delicadeza desgrudei as bordas da fotografia do painel, e escrevi no verso dela que voltaria, era o peso do arrependimento escrevendo por mim, deixando claro que eu só precisava chegar até a primeira esquina e 'voltar' de fato. Fui embora. Mal trapida, cabelos bagunçados no rosto, uma camisa velha e algumas lembrancinhas que o arrependimento me fez carregar.
Haviam em torno de seis chamadas perdidas, o número era o mesmo, o nosso número. Mas de nada adiantaram, isso só quis fazer-me afastar ainda mais, talvez eu me sentisse no direito de pensar que quando mais longe, mas falta sentiria e aí sim, eu poderia voltar e me sentir peça fundamental do quebra-cabeças e não o jogador perna de pau do banco de reservas.
Talvez assim, logo eu volte...
'Respirar enfim, um momento só pra mim. E deixar a vida acontecer.' (♪)
domingo, 2 de janeiro de 2011
Never Alone
Que problemas não te atinjam
Que o céu te aceite
Quando for hora de ir para casa
Que você tenha sempre a abundância
O copo nunca vazio
Saiba em seu interior
Você nunca estará sozinho
Que suas lágrimas
Venham de sorrisos
Que você encontre amigos
Que valham a pena ter
Todos os anos passam
Eles significam mais do que ouro
Que você possa vencer e permanecer humilde
Sorrir mais do que resmungar
E saiba, quando você tropeçar
Você nunca estará sozinho
Quando você enfrentar o desconhecido
Onde quer que você voe
Este não é um adeus
Você nunca estará sozinho
Never Alone - Lady Antebellum