segunda-feira, 28 de maio de 2012

Legado.

Já era hora de ouvir falar seu nome em vão, se referiram a ti como se a mim coubesse explicação. Foi-se embora na garupa de um caminhão, levou na trouxa roupa pouca, histórias e canção.
Mas não sabia o pobre homem que na verdade o que eu contei era mentira.
E seguia o seu percurso sem olhar pra trás e lhe custava entender que não voltaria ali jamais, cabeça erguida, passo firme e pensamento vago, lembranças de saudade das noites frias e dos afagos. Deixara o velho amor um pouco de lado, foi viver a vida dupla que sonhara desde menino, matutando foi-se a noite toda em desatino, em desatino e desabafo consigo, comigo e com quem mais topasse no caminho.
Caminho torto, eis a vida dando show, contornando, girando e tudo se encaixou. O velho homem somente dissera que tudo na vida há momento certo a quem não se desespera, e se o que aspiras não vieres não chores ao que talvez não tenha lhe derramado o mesmo.

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