quarta-feira, 30 de novembro de 2011

LadOaLadO

Já não havia pra onde correr, decidiram então cada um ir pro seu lado, trilhar seu próprio caminho. Mal sabiam que a vida os levaria sempre ao mesmo ponto, como num reencontro desses filmes bem clichês. Noites frias, conversas cheias da nostalgia, e uma cobertura espessa de saudade, era vísivel, seus olhos expressavam bem a agonia de estar distante de certa forma, de querer e não ter, querer e não poder esquecer.
O tempo foi companheiro, digo, em partes. Se fez necessário, mas pisou firme, machucou quando pôde.


[Bom, ela nao vai lhe contar isso tao cedo, e que não saia daqui, mas toda noite quando vai se deitar, carrega consigo um pedaço seu, nos seus sussuros eu consigo ouvir seu nome em pequenas preces, e os sorrisos deixam claro que é de voce que fala, ela pede que seja breve, que não se prolongue, que o tempo seja justo e que ela possa ser tolerante.]


Um foi pra um lado e pulou no primeiro bonde que passou, olhou várias vezes para trás, mas seguiu. O outro lado também, não perdeu tempo, não deixou 'ficar pra trás', porém pulou cedo demais pra fora, ficou deslocado novamente.

Hora bem, outras nem tanto, o tempo voou, mas cada minuto foi sentido intensamente, a estrada foi longa, mas a convicção veio ao fim de tarde, já era hora dos pequenos passageiros voltarem ao ponto de partida, desfazer tudo como um relógio andando pra trás, como um vídeo sendo voltado de trás pra frente.

E o desfecho não se sabe, é um caminho muito longo, melhor sentar bem acomodado pra ver no que dá, mas que seja pra valer e que siga pelas melhores trilhas possíveis.







'mas, o verdadeiro amor espera, uma vez mais.'

Nenhum comentário:

Postar um comentário