terça-feira, 14 de setembro de 2010

Uma História...

Quando eu era criança me contavam sobre fadas, príncipes, monstros e heróis que sempre salvavam o final da história transformando-a em 'viveram felizes para sempre', eu nunca acreditei em monstros, bruxas, coisas malígnas, muito menos sonhava com um príncipe em seu cavalo branco, lindo e esbelto pronto para receber sua princesa. Hoje eu conto a história, hoje eu acredito em bruxas, monstros, coisas malígnas, acredito sim no príncipe ele já esteve pessoalmente lá em casa, mas seu cavalo ganhou duas rodas e se chama moto agora.


Podem te contar milhares de histórias, versões diversas, com finais felizes ou não, mas quem está lendo a sua história, afinal?


Quando eu era criança, inocente, minha mãe me dizia pra dividir meus brinquedos principalmente os que eu mais gostasse pra que outras crianças pudessem desfrutar o prazer de brincar com eles, dizia também que depois de um dia todo se sujando era só tomar um bom banho e toda a sujeira sumia, que quando você dorme ninguém pode te fazer mal, dizia que quem mente não vai pro céu e que roubar é feio em qualquer circunstância. Mas agora, agora eu vejo que no fundo não é isso, tem tanta sujeira que não se resolve nem com dezenas de banhos, enquanto você dorme seus pesadelos podem sim te tocar e fazer mal, muito mal, mentir se tornou tão habitual pra tantas pessoas, você liga a televisão e lá estão elas, estampadas em cada anuncio em cada debate em cada olhar desviado da camera, sobre roubar ele continua sendo feio em qualquer circunstância mas o pessoal parece adorar aquilo que é feio.


Eu queria só me sentar naquela grama e olhar aquele campo de areia e ouvir apenas mais uma história, uma história real, sem principes, sem heróis, e principalmente sem vilões, uma história que não precisa ter um final feliz, uma história que aconteceu naturalmente, que foi bonita ou está sendo, uma história que torne meu dia mais significativo e então eu quero deitar inha cabeça no seu ombro e contar a minha, a minha história que talvez você não pague pra ler, mas vai ter o prazer de ouvir-me contar.



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