sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dó, Ré.

Naquela manhã, enquanto alisava vagarosamente seus cabelos, fechou os olhos por alguns segundos enquanto inalava uma cheiro de perfume no ar, semelhante áquele que lhe veio à cabeça nesse exato momento. Foi abrindo timidamente um sorriso bobo na cara. Boba, perdida em lembranças, em anseios, em canções velhas que agora reciclara.

Sentou-se em frente ao piano e arriscou uma canção. Saiu torta, meio desajeitada de início, mas ao seus ouvidos estava agradável e para o seu sorriso bobo que se abriu mais ainda, estava perfeito.
Deixou os dedos correrem por entre as teclas, poderia dizer que estava compondo algo, se ao menos aquelas notas formassem um acorde ou tivessem uma harmonia realmente mais harmonioza.
Tocou, e enquanto tocava de olhos fechados foi deixando que algumas lágrimas molhassem os sustenidos e o dó maior, enquanto percorria de ré ao sol.
A música era embalada pelos frashes que vinham vindo, ou por anseios sobre coisas que ainda não haviam acontecido, pela imaginação fértil, pelos sonhos, pela grandeza de cada nota ou somente pra aliviar com música o que palavra nenhuma daria jeito. Foi se enchendo de mi e lá, lágrimas e por fim um suspiro, pronto, estava aliviada!
Levantou-se e deu uma olhadela para o piano que agora estava sendo coberto pela capa preta. Talvez amanhã ele seria tocado de novo, mas por hoje estava satisfeita.
Saiu pela porta, e se sumiu na imensidão dos raios de sol lá fora...


'pois que seja fraqueza então' (♪)

Um comentário:

  1. faz tempo que não entro no blogger sorry kk
    muito lindo seu texto flor
    me identifiquei kk....por que quando eu to triste eu vou tocar algo ou ouvir algo...
    bjs
    atéh

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