sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Insisto!

Pelas ruas molhadas vou caminhando,
mas parece que sempre insisto em pisar em poças no meu caminho, me molho, me sujo e depois tento manter-me limpa novamente. Mas amanhã lá vou eu, pisar em mais alguma delas.

Os rosto que vejo mudaram tanto,
mas eu insisto em enxergá-los como eram pra mim, então eu vejo e relembro, mas depois nem é mais aquilo e eu tento colocar isso na minha cabeça confusa. Mas amanhã lá vou eu de novo, olhá-los como se fosse a primeira aparição.

As vozem mudaram de tons,
mas eu permaneço ouvindo-as com a mesma doçura que tinham no começo, as vezes eu até distorço palavras pra parecer aquelas de antes, então caio na real e vejo que estou me enganando. Mas amanhã, lá vou eu com a velha ilusão de ouvir em tons leves e líricos.

Os corações se alteraram, perderam sua forma e estrutura,
Mas o meu permanece tão mole, as vezes eu forço-o a ficar mais forte, mais bravo, e consigo sim. Mas amanhã quando o sol tocar a minha janela, parece que vai derretendo-o dentro de mim e ele volta ao seu estado inicial, mole.

Os sentimentos perderam a cor,
mas eu ando por aí, pintando-os e tentando disfarçar até os meus cinzentos sentimentos, eu me fiz assim, ou melhor, nascí assim, tão sentimental, tão careta. Mas amanhã eu sei que talvez isso se altere, ou permaneça da mesma forma, mas aí eu já irei estar tão habituada que mudar-me será impreciso.

Eu vejo desmoronamentos,
então eu fecho os olhos, rezo e vejo a tormenta passar. Sei que amanhã vou insistir em continuar fugindo disso que me acerca, sei que já vai ser bem tarde, mas não vou temer mais, não vou fechar meus olhos e nem ser salva por preces.

Eu sei confiar,
Me ensinaram a pouco tempo, então eu simplesmente confio. Mas se amanhã eu acordar meio desconfiada, apenas pegue minha mão e olhe firmemente em meus olhos, eu sempre vou confiar nas mais absurdas palavras que vierem dessa forma.

Você não está aqui, eu sei,
mas eu insisto em criar um 'holograma' e te imagino na minha frente, sorrindo, cuidando de mim. Mas amanhã eu vou acordar e me sentir uma idiota por isso, vou olhar ao meu redor e ver que ninguém está ali, além de mim mesma.
E se amanhã se eu acordar esquecida, sei que vou abrir aquele velho livro,e lá te encontro.








'Sobra só o desespero de ver tudo mudar...(♪)'

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